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sexta-feira, 13 de maio de 2011

A história da Sexta-Feira 13


Sexta-Feira 13
Buuuuuuu



A “Sexta-Feira Treze” é tida como “dia de azar” por causa de diversos fatores. O primeiro deles e mais famoso, é por causa dos templários da época das Cruzadas.
No dia 13 de Outubro de 1307, uma sexta-feira “negra” para os templários, ocorreu a famosa tragédia deles, onde centenas foram presos, torturados e executados na fogueira da Inquisição. Aconteceu assim:
O rei Filipe da França decidiu agir para “o bem da Cristandade e da Igreja”, ignorando o Papa, e, em 14 de Setembro (1307) convocou uma reunião secreta com conselheiros na abadia de Maulbuisson, em Pontoise, para planejar os procedimentos necessários contra os templários, pois ele almejava tirar o poder deles, confiscar os seus bens e aplicá-los em suas ambições governamentais.

Então Filipe, em nome da França e da Igreja, agiu rápido na madrugada de 13 de Outubro (1307), uma sexta-feira, e o grão-mestre Jacques de Molay foi preso pela guarda real comandada pelo seu ministro Guilherme de Nogaret, e levado para a prisão da Ordem do Templo de Paris. Ao mesmo tempo, a Ordem do Templo* foi declara ilegal.
Mas não parou por aí. Simultaneamente, por ordem do rei, os templários da França foram convocados, pegos de surpresa e encarcerados. Em seguida os executores das ordens de Filipe foram orientados a procederem uma investigação. Várias acusações foram levantadas contra eles, acusações estas já previamente “organizadas”, como: renegar Jesus Cristo, idolatria, cuspir na cruz, obscenidades, sodomia, orgias, heresias, blasfêmia e outras. Os bens móveis e imóveis dos templários foram tomados e conservados pelo rei, por toda França. Sabia-se que era grande as riquezas que os templários detinham.
Outro fato que apontava para a herança negativa do número 13, era que os templários tinham como norma convocar 12 membros mais um capelão, totalizando 13, para escolher um novo grão-mestre, quando o antigo morria e tinha de ser substituído, hábito esse escolhido pelos templários como norma que simbolizava o próprio Filho de Deus, Jesus, quando se reuniu com seus 12 apóstolos e fez sua “última ceia” antes da crucificação. Jesus Cristo, mais os 12 apóstolos, totalizava 13. No entanto, isto se tornou o azar de Jesus naquele dia e culminou depois com sua morte. Mais uma coisa: foi numa sexta-feira, segundo a tradição, que Jesus foi crucificado. Com tudo isso se ligando, a sexta-feira 13 dos templários não tinha como ser considerado um dia de sorte…
A sexta-feira era também o dia das execuções oficiais na época medieval. Na Inglaterra, era esse o dia em que os prisioneiros eram enforcados.
Os mistérios quanto ao número 13 são ainda reforçados por duas lendas que existiam na mitologia nórdica, responsáveis por espalharem a superstição pela Europa. Uma delas conta que numa festa na “Morada dos Deuses”, foi dado um banquete para 12 divindades, mas o espírito do mal e da discórdia conhecido como Loki, apareceu sem ser convidado com o intuito de criar discórdia entre os Deuses. Então uma briga aconteceu, e o Deus favorito entre as divindades, de nome Baldur, teria morrido. Por causa deste fato, formou-se a crença de que não se deve convidar 13 indivíduos para uma reunião ou uma festa. Dá azar.

Já uma lenda escandinava, conta que a deusa do amor e da beleza, Frigga, teria se transformado em uma bruxa após a conversão dos nórdicos ao cristianismo. E como vingança, ela se reunia todas as sextas-feiras com o demônio e outras 11 bruxas, formando um grupo de 13 elementos. Juntos, os 13 lançavam feitiços sobre os convertidos da nova religião do alto de uma montanha.
E assim estas histórias se agruparam dando força a negatividade da sexta-feira e do número 13. Portanto, uma sexta-feira e ainda 13, sempre foi vista com certo temor e superstição…
Atualmente, nos Estados Unidos por exemplo, ainda é comum que prédios não tenham um andar de número 13. E também há muitas empresas aéreas que pulam a poltrona 13 em seus aviões. Há décadas que no automobilismo da Fórmula 1, nenhum piloto usa o número 13 no seu carro.


Vito Marino



Referências:
* Para quem se interessar pela história da Ordem do Templo (templários) e pelas Cruzadas, recomendo o livro “Os Templários: uma cavalaria cristã na Idade Média”, de Alain Demurger, Editora Bertrand Brasil e "Os Templários, História e Mito", de Michael Haag, Editora Prumo (www.michaelhaag.com).
-Wikipédia.


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