Um Mundo de Novas Descobertas

segunda-feira, 30 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um bando de espanhóis aventureiros (180) conquistaram sozinhos o Império dos Incas?





Os incas eram os “romanos do novo mundo”.
Por mais de quinhentos anos, a versão histórica oficial baseada nos artigos históricos do Peru, mostravam que um punhado de guerreiros espanhóis vindos da Cidade do Panamá, com suas armas superiores e cavalos, haviam derrubado o maior império das Américas.
Indo além das crônicas escritas pelos espanhóis há quinhentos anos, as descobertas arqueológicas recentes revelam uma história de conquista jamais contada. É uma história de alianças secretas e traições.


Quando os espanhóis cruéis chegaram ao Peru em busca de ouro e riquezas, o império dos incas já estava desmoronando. Os incas dominavam cerca de 10 milhões de nativos (1532), mas estes, estavam fartos do domínio inca, e resolveram se aliar aos espanhóis recém-chegados. Para os recém-chegados europeus isso foi um golpe de sorte. Era o que os 180 aventureiros gananciosos necessitavam para conquistar os incas, apoderando-se do império andino e suas riquezas. Os aliados índios foram seu braço direito, no combate ao governo estabelecido dos incas.


O primeiro confronto (de uma séria que ocorreram), se deu de surpresa em Cajamarca (Pultamarca), contra Atahualpa*, um dos filhos do rei inca recém-falecido. O exército inca foi massacrado e Atahualpa aprisionado.


Atahualpa era filho do rei inca Huayna Capac (1464-1527) e da princesa estrangeira de Quito, Tocto Pala. Seu pai Huayna, em seu leito de morte, deixou-lhe como legado as terras da mãe, situadas ao norte de Cuzco, e designou o meio irmão de Atahualpa (dentre outros filhos) de nome Huáscar** como imperador inca (sapa inca), fato que gerou uma disputa sucessória pelo trono inca. Atahualpa, apoiado por um grande exército e bons comandantes, havia vencido Huáscar numa guerra sangrenta que durou vários anos, e que culminou com a execução de seu irmão***.
Depois voltou para a cidade de Cuzco, capital do império, para tomar posse do trono que conquistara. No regresso, Atahualpa que conduzia um exército de milhares de guerreiros, parou na cidade andina de Cajamarca, quando foi traído pelos seus súditos regionais e aprisionado pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro (1478-1541) no dia 16 de novembro de 1532.
Atahualpa foi executado pelos espanhóis em julho de 1533**** por estrangulamento, após pagar um caro resgate em ouro e prata e se recusar a se converter ao catolicismo. 
     Para as etnias índias cayambe, carangue e pasto, isso foi a sua própria vingança contra as grandes derrotas sofridas no passado, frente às hostes incaicas.
Após a vitória, os espanhóis liderados por Pizarro dirigiram-se para a capital inca Cuzco, que conquistaram e se apoderaram.


É sabido que os incas possuíam um enorme exército. Eles souberam da pequena invasão estrangeira dos espanhóis, através dos mensageiros espalhados por todo o império. No entanto, demorou quatro anos para os exércitos incas reagirem, agrupando-se, para então se defenderem e se vingarem de seu imperador morto. Foi o começo da grande rebelião inca, tanto em Cuzco quanto em Lima.
Em agosto de 1536, Pizarro encontrava-se em Lima, onde viu diante de si o grande exército inca mobilizado para o ataque. Preparando-se para o cerco, Pizarro disse: “Que Deus nos salve da fúria dos índios”.

Pizarro e seus homens, com sua superioridade tecnológica em armas e cavalos, juntamente com seus milhares de aliados índios, foram para cima dos corajosos incas, derrotando-os após sangrenta batalha.

O papel dos aliados índios dos espanhóis (muito minimizado pelas crônicas espanholas que queriam exaltar os espanhóis em demasia) foi fundamental para o exército espanhol da conquista. As alianças espanholas com os índios próximos a Lima, proporcionaram a sobrevivência de Pizarro e seus homens. Sem o apoio que tiveram, os espanhóis teriam fracassado em sua empresa.
Para conseguir o apoio dos índios aliados, os espanhóis lhes prometeram “independência” e “poder de influência” que os incas lhes negavam. Pizarro, como bom político e diplomata que era, soube aproveitar os sentimentos de independência que prevaleciam entre os senhores étnicos, para conseguir sua colaboração. Os índios ignoravam o estado de prostração no qual se veriam envolvidos mais adiante.



Para concretizar a aliança, uma princesa índia foi dada a Pizarro como sua mulher (concubina aos olhos dos católicos).
Obviamente, que depois das conquistas, os espanhóis recusaram-se a atender os índios aliados.
A grande história não contada da conquista espanhola foi a história da aliança dos espanhóis com os índios andinos que lutaram por eles.


Com a morte de Huáscar e Atahualpa, e a liquidação de toda a elite dominante, o Estado inca (Tahuantinsuyo) desmoronou como um castelo de cartas, desagregando-se inexoravelmente. 
Era o início da colonização europeia em nome do rei Carlos V de Espanha. Em 1575, o último rei inca (descendente de Atahualpa) foi morto pelos espanhóis, na famosa batalha de Vilcabamba.
O contato com os europeus, traria aos povos indígenas diversas fatalidades que eles desconheciam, como a sua própria dizimação através das graves doenças europeias (não se sabe com segurança quando começaram as primeiras epidemias), mas essa, é uma outra história...


Vito Marino


__________________
* Ataw Wallpa (Atahualpa), nascimento: 20 de março 1502; falecimento 26 de julho de 1533.
** O nome original de Huáscar era Topa Cusi Huallpa. Sua mãe era uma outra esposa do rei Huayna Capac (e irmã) chamada Mama Ragua.
*** Huáscar (1503-1532) foi morto por ordem direta de Atahualpa.
**** Dias depois de sua morte seu corpo desapareceu, supõe-se que levado para serras próximas por seus fiéis.



PRINCIPAIS CIENTISTAS E ARQUEÓLOGOS ENVOLVIDOS NAS DESCOBERTAS:
Guillermo Cock, Elena Goycochea, Tim Palmbach, Albert Harper, John Guilmartin e Maria Rostworowski.




saiba mais:
A Grande Rebelião Inca (1-6):

e:

segunda-feira, 23 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dia do Índio, 19 de abril

DIA DO ÍNDIO


Comemorar o que?
O que pensar do futuro?


-Perguntas sem respostas?
Pense Nisso.








segunda-feira, 16 de abril de 2012

Qual Deus?



Cada povo e cada civilização, teve ou ainda tem, o seu próprio Deus. Quando não havia a Ciência, a religião explicava aquilo que o ser humano queria saber em cada época, e de acordo com o seu desenvolvimento e a demanda por mais sabedoria. Cada religião vinha com sua verdade e razão. Com a vitória da Ciência, a religião vem tentando sobreviver ainda, mantendo as pessoas com um véu nos olhos, para não lhes escaparem, oferecendo paraíso ou inferno. A religião ainda trás prestígio, poder, influência e… dinheiro! Algumas religiões se contentam simplesmente com influência, outras, simplesmente em achar que tem a "Verdade" nas mãos...


Vito Marino




“A verdade, em se tratando de religião, é simplesmente a opinião que sobreviveu.”

Oscar Wilde
-dramaturgo, escritor e poeta-

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Ditos Populares (nº 47)

postagem semanal



“A necessidade faz a lei.”


sábado, 14 de abril de 2012

"Deus se tornou redundante"


“Até o século XVI, a religião detinha o monopólio da explicação dos mistérios da criação. A responsabilidade pela criação de tudo era divina, e ai de quem duvidasse! Aquele monopólio da fé começou a ser solapado a partir da obra de Copérnico e a de Galileu, que substituíram o milagre metafísico pela realidade física.”

Lawrence Krauss
(físico americano)





fonte: Revista Época, abril de 2012, Ed. Globo, Entrevista p. 82.






segunda-feira, 9 de abril de 2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Grandes Sabedorias do Universo

Postagem Mensal - nº 12


 “O Fanatismo é o traço comum a todos os adeptos fervorosos das milhares de ‘crenças’ espalhadas pelo mundo. Ele não é a exceção, mas a regra. E fanáticos, todos eles, possuem integral convicção em suas ‘verdades’. Um autêntico ‘crente’ nada mais é do que um convicto em sua ‘verdade’. E, de fato, tais pessoas aumentam o nível de sua intransigência e fervor na exata proporção em que se sentem ameaçados em suas ‘certezas’. Tomam como ‘testes de fé’ os questionamentos às suas ‘convicções’ e assim se fecham a quaisquer reflexões e considerações verdadeiramente individuais e autônomas. Não podem ser de fato autênticos e individuais, pois sua autonomia lhes foi drenada até a última gota pelas inúmeras ameaças à integridade espiritual dos adeptos, coisas que sempre encontramos embutidas nas inúmeras ‘revelações de Deus’, seja de forma velada, seja de forma explícita (o que é bem mais comum). Ameaças (profecias ou advertências bondosas, como comumente são chamadas), independente de suas ‘justificativas’ são e sempre serão tolhimentos arbitrários e violentos ao livre arbítrio.”




Lauro P. Appel



segunda-feira, 2 de abril de 2012